Não Se Proclama a Melhoria

 

Alguns líderes acham que é suficiente fazer um belo evento de lançamento do programa, com direito a discurso motivador. Isto dará certo em poucos casos, já que o que conta mesmo é o quanto o líder se envolve em todas as etapas do programa. Mais do que falar, o líder deve fazer.

Liderar através do exemplo é o melhor caminho para estabelecer um sinal claro para a equipe de que a iniciativa é séria. Caso se trate de um programa 5S, o primeiro passo do líder deve ser organizar sua própria área de trabalho. Em programas de Lean, ele deve procurar primeiro otimizar os processos dos quais participa diretamente e mostrar à equipe os ganhos que podem ser obtidos.

Mais do que dar uma ordem para a melhoria, o líder deve agir como um guia para que os esforços sejam direcionados corretamente. Isto envolve uma mudança da forma de ver o trabalho:

  • Antes: o líder era dependente de relatórios e informações verbais. Agora: o líder deve viver o processo e observar aonde estão as oportunidades de melhoria.
  • Antes: a visão do mundo do líder era mais importante. Agora: as decisões são baseadas em uma visão global que afeta a toda a equipe.
  • Antes: a quantidade de informação era importante. Agora: a qualidade da informação passa a ser a estrutura que permitirá uma melhoria real.
  • Antes: foco em equipamentos, materiais e ferramentas. Agora: foco em atividades, fluxo e relações entre processos.

Em algumas organizações, isto pode envolver uma forte mudança de cultura. No entanto, sem encarar o trabalho de uma nova maneira, não se abrirá o caminho para a melhoria efetiva. Uma mudança de comportamento da equipe e da liderança provavelmente fará parte de qualquer programa.

Finalmente, estas atitudes do líder também devem ser evitadas:

  • “Fé Cega”: quando um programa mostra fortes sinais de fracasso e o líder continua insistindo nele, acreditando que poderá dar a volta por cima, mas sem bases reais. A equipe não se engajará nas iniciativas quando vê que o líder já não sabe o que está fazendo.
  • Falta de foco: não adianta atirar para todos os lados. Todas as iniciativas devem ser concentradas em um objetivo claro e mensurável.
  • Abdicação: dar ordens de execução sem participar lado a lado com a equipe.